Reflexões estranhas, espontaneidades, coisas envolvendo o mundo jurídico...

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Bom pra mim, ok, mas e pro mundo?

Recentemente eu tenho me feito bastante essa pergunta. Será que o caminho que eu pré-defini pra mim mesma me satisfaz realmente, será suficiente pra me fazer feliz?

Desde que escolhi fazer Direito, decidi que queria uma carreira como advogada e não como qualquer uma oferecida nos concursos. Era o que eu sentia e ainda sinto. Com o passar dos períodos, idéias trocadas dentro e fora dos corredores da UERJ, comecei a tender para o Direito Societário, que é uma área que não vai à Tribunal e costuma lidar com empresas de um modo geral, podendo lidar também com o mercado financeiro.

Ok, então tudo corria bem na minha cabeça. Até que depois de viajar para outros lugares com uma postura diferente e ouvir as diferentes notícias que se passavam mundo afora, comecei a pensar em quanta injustiça se passa ao meu redor e no quanto as pessoas se fiam na passividade alheia para perpetrar certas ações. É o preço absurdo dos transportes públicos que não chegam nem perto de serem bons, é o cobrador que quer te deve 0,05 reais (e que não permite que a recíproca seja verdadeira), são os vereadores usando dinheiro público pra comprar carros que sequer correspondem à realidade de 95% da população da cidade.

É tanta coisa que me faz pensar. Tá, se eu fizer isso que eu tô planejando, eu vou viver bem com essa minha escolha? Será que eu sou capaz de tornar essa indignação um trabalho? Ou será que ela vai ficar pro meu pro bono e minhas horas vagas? Aí também vem aquelas perguntas: será que eu quero me matar de trabalhar ou quero aproveitar mais a vida? Que tipo de vida eu quero?

O mais triste disso tudo é que essas aflições me impedem de seguir um dos conselhos mais interessantes que eu já dei: sempre dá tempo de mudar. O problema é que com tudo que acontece hoje em dia, com tudo isso que a sociedade impõe (sendo tomar decisões, não cometer erros e entrar no mercado de trabalho tão cedo quanto possível coisas muito fortes e imperativas de uma maneira cruel), é complicado ir contra a maré. E dá uma tremenda dor de cabeça fazê-lo.

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