Reflexões estranhas, espontaneidades, coisas envolvendo o mundo jurídico...

domingo, 20 de junho de 2010

Uma carreira diferente e bacana.

Procuradoria Federal Especializada

Essa semana assisti um debate muito bacana sobre a criminalização do MST. Estavam lá:


- Marcelo Durão
Coordenador Nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)

- Carlos Henrique Naegeli Gondim
Procurador Federal junto ao INCRA/RJ

- Paulo Alentejano
Doutor em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade, Professor de Geografia

- Plínio de Arruda Sampaio
Procurador aposentado no Estado de São Paulo, Presidente da Associação Brasileira pela Reforma Agrária.

- Paula Mairan
Graduada em Comunicação Social pela UFF, ex-jornalista da Folha


Depois do debate, com belos posicionamentos de cada um dos integrantes da mesa, conversei um pouco com o procurador do INCRA, Carlos Henrique. Seu entusiasmo com sua posição chamou a minha atenção para essa carreira que eu, humildemente admito, nunca havia ouvido falar.

Enfim, essa Procuradoria Especializada é um braço da AGU - Advocacia Geral da União (essa eu já conhecia! rs). Pelo que entendi de nossa conversa, é uma autarquia e acessora outras autarquias como o INCRA, o Ibama, etc.

No site do próprio INCRA, está assim:

A Procuradoria Federal Especializada é a representante judicial e extrajudicial do Incra e exerce as atividades de consultoria e assessoramento jurídicos. O órgão é quem apura a liquidez, certeza e exigibilidade dos créditos - de qualquer natureza - inscrevendo-os em dívida ativa, para fins de cobrança amigável ou judicial.

A Procuradoria coordena e supervisiona as Superintendências Regionais na execução das atividades relacionadas a sua área de atuação.


Posso dizer que o Carlos Henrique está muito feliz com a sua escolha de carreira e é capaz de cativar muitos pelas palavras de amor à sua profissão. Ele contou que também já visitou assentamentos e faz um trabalho de campo interessante. Para ele é bom poder ver o seu trabalho dar frutos e fazer famílias felizes.

Pra alguém que sempre quis advogar, até que fiquei bem balançada. Taí uma opção muito legal pra quem faz direito e gostaria de poder fazer "algo a mais" pelo meio ambiente, pelas pessoas, pelo Brasil. :)

terça-feira, 15 de junho de 2010

Divagações de uma telepata assassina

Abaixo segue o trecho de uma das histórias malucas que saem da minha cabeça, mas ligeiramente modificado para tentar não confundir muito quem for ler e não fizer idéia do que é OMD. rs

Dizem que sua vida apenas não passa despercebida pelo mundo quando alguém se importa com a sua existência, quando a sua existência é capaz de fazer falta a alguém de que maneira for.

Ela sabia, embora admitisse que fosse de uma forma doentia, que dentro daquele laboratório a única pessoa que a tornava mais do que um dado, uma estatística, números era a mesma que a fazia sentir-se insignificante. Seu nome? Kovacs. Minto. CORONEL Kovacs, como ele mesmo gostava de frisar.

Para qualquer outra pessoa dali, até aos mais próximos de amigos que ela tinha, sua existência ou inexistência era indiferente. Com ou sem ela, suas vidas patéticas seriam as mesmas.

Resumidamente, a vida dela não passaria despercebida pelo mundo justamente por causa do homem que a tornara um inferno? Ela não entendia isso. Aliás, ela não entendia como podia ter sentimentos dúbios em relação a ele.

Afinal, era tudo muito simples: ele arruinara sua vida, destruíra sua família e tentava destruí-la aos poucos. Isso sem contar com o fato de que ele era a personificação do que ela mais odiava no mundo: a Kyrie, a empresa que mais crescia no mundo espalhando mentiras e armas letais e também origem das desgraças da vida dela verdadeira e virtualmente.

No entanto, nada podia ser simples pra ela. Muito luxo para uma simples assassina. Sua mente conseguia ser mais confusa que qualquer outra que ela tivesse lido em toda sua vida como telepata. Como odiar alguém e não odiar esse alguém por completo? Será que haveria um nome pra isso? Será que ela tinha alguma daquelas síndromes estudadas por psiquiatras?

terça-feira, 1 de junho de 2010

Concreto

É tudo tão concreto.
Prédios, calçadas,
Asfalto, postes.
Tudo concreto e de concreto.

Assim também são as ações.
Pra que ser abstrato?
A graça é ser concreto.

Carros passam,
pessoas passam,
mas o concreto fica não passa.


O concreto está em todo lugar.
Ele é tudo. Tudo é ele.

Concretas pessoas, concretos sentimentos.
Assim é São Paulo, cheio de concreto.
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