Você já percebeu que o mundo gira ao redor do tempo que cada um tem? Cada qual com o seu relógio próprio, insubstituível determinando o ritmo de suas vidas, guiando as mesmas.
Que relógio humano nunca sincronizou-se com outro? Às vezes, um acaba rodando mais devagar ou mais rápido e perdemos essa ligação. Às vezes, elas duram mais do que prevíamos e, finalmente, há vezes em que simplesmente não conseguimos prever até quando essa ligação existirá, se existirá por muito tempo ou se apenas não prevemos o microssegundo que nos separará.
Timing. Que desgraça é isso. Meu carma e, pelo que tenho ouvido, não só meu. Vilão de muitos, é o tal timing que dirá quando e que relógios se sincronizarão. Por vezes, eles (os relógios) se encontram em outros relógios, mas suas horas não batem. Enquanto um marca meio dia o outro marca meia-noite. Triste, mas verdade. Mesmo assim nos perguntamos: será que esses relógios jamais poderão marcar a mesma batida, a mesma hora, o mesmo minuto? Jamais dançarão juntos ao som do tic-tac de seus ponteiros?
A vida segue, os relógios continuam marcando suas próprias horas, sem deixar, contudo, de lembrar das possibilidades nunca vividas e pensar numa eventual sincronização futura. Difícil, mas um raio pode cair sim duas vezes no mesmo lugar. Quem sabe os ponteiros dos relógios se alinham. É, pode ser. Quem sabe?
Idealização? Enganação? Não. Apenas boba necessidade humana de tentar adivinhar o futuro. Pura besteira.