Reflexões estranhas, espontaneidades, coisas envolvendo o mundo jurídico...

terça-feira, 31 de maio de 2011

Eu quero não pensar. Dói!

Eu quero escrever, mas não sei bem sobre o que. Tanta coisa passa pela minha cabeça e realmente me pergunto se isso é normal ou eu sou o único E.T. que consegue refletir sobre variados assuntos ao mesmo tempo.

Sério, meus pensamentos fluem dos Crimes contra a Paz Pública ao que eu tenho que fazer amanhã, às provas, às coisas que eu tenho que fazer amanhã, ao que eu tenho que resolver, ao que eu tenho que conversar. Sério, penso demais pro meu gosto.

Gostaria de pensar menos. Deitar, ler o meu "Diário de Anne Frank", agradecer pelas coisas boas e dormir. Mas não (odeio começar frase com "mas" desde os tempos do pré-vestibular, porém vou me utilizar da famosa licença poética [já que essa não colava nas redações de vestibular, que cole aqui a desculpa :D]). Não. Eu tenho que pensar no que houve durante o dia e todas as coisas que tem que acontecer ou vão acontecer no dia seguinte.

Acabei de chegar na conclusão de que por vezes eu me estresso muito mais do que as coisas me estressam e acabo gerando um ciclo muito chato e redundante. Rs.

Quero ser mais livre e menos escrava da insana vontade do meu cérebro de pensar e repensar as coisas. Pra que tanta reflexão se as pessoas em geral não dão a mínima umas pras outras? Pra que doar meus pensamentos a pessoas que não farão o mesmo, ao menos na mesma medida?

Quero liberdade dessas amarras psicológicas que me impedem de conservar minhas utopias e não me deixam dormir, dessa voz que me fala, fala, fala e nada responde. Quero ser livre pra poder descansar em paz e só pensar que amanhã é um novo dia e que as coisas vão se acertar e que não adianta eu programar tudo hoje, porque quando o sol nasce, tudo muda.

Gente, fico impressionada com a minha digressão aleatória. o.o

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Bom pra mim, ok, mas e pro mundo?

Recentemente eu tenho me feito bastante essa pergunta. Será que o caminho que eu pré-defini pra mim mesma me satisfaz realmente, será suficiente pra me fazer feliz?

Desde que escolhi fazer Direito, decidi que queria uma carreira como advogada e não como qualquer uma oferecida nos concursos. Era o que eu sentia e ainda sinto. Com o passar dos períodos, idéias trocadas dentro e fora dos corredores da UERJ, comecei a tender para o Direito Societário, que é uma área que não vai à Tribunal e costuma lidar com empresas de um modo geral, podendo lidar também com o mercado financeiro.

Ok, então tudo corria bem na minha cabeça. Até que depois de viajar para outros lugares com uma postura diferente e ouvir as diferentes notícias que se passavam mundo afora, comecei a pensar em quanta injustiça se passa ao meu redor e no quanto as pessoas se fiam na passividade alheia para perpetrar certas ações. É o preço absurdo dos transportes públicos que não chegam nem perto de serem bons, é o cobrador que quer te deve 0,05 reais (e que não permite que a recíproca seja verdadeira), são os vereadores usando dinheiro público pra comprar carros que sequer correspondem à realidade de 95% da população da cidade.

É tanta coisa que me faz pensar. Tá, se eu fizer isso que eu tô planejando, eu vou viver bem com essa minha escolha? Será que eu sou capaz de tornar essa indignação um trabalho? Ou será que ela vai ficar pro meu pro bono e minhas horas vagas? Aí também vem aquelas perguntas: será que eu quero me matar de trabalhar ou quero aproveitar mais a vida? Que tipo de vida eu quero?

O mais triste disso tudo é que essas aflições me impedem de seguir um dos conselhos mais interessantes que eu já dei: sempre dá tempo de mudar. O problema é que com tudo que acontece hoje em dia, com tudo isso que a sociedade impõe (sendo tomar decisões, não cometer erros e entrar no mercado de trabalho tão cedo quanto possível coisas muito fortes e imperativas de uma maneira cruel), é complicado ir contra a maré. E dá uma tremenda dor de cabeça fazê-lo.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Metalinguagem.

Escrever é tão fácil. Quer dizer, escrever é fácil assim: sem regras, sem tema específico, sem citar artigos do Código Penal ou Civil ou da Constituição Federal, sem ter que necessariamente criar uma lógica que possa ser entendida por todos, principalmente pelo meu professor sem paciência (talvez eu também não tivesse paciência se tivesse que ler umas 70 provas [senão mais], mas deixa isso pra lá).

Voltemos ao fundamental: Escrever é bom só por escrever. Só pra se expressar, só pra tirar o que tá dentro da minha cabeça bem no tempo que eu quero, só pra me aliviar os pensamentos, só pra desabafar, só pra repetir o só e só é bom mesmo quando eu faço isso por prazer.

Escrever é tão bom por si só (olha o só de novo dando às caras - juro que dessa vez não foi [tão] intencional) que escrever é verbo transitivo, não precisa de nenhum complemento. Eu escrevo. Tão simplesmente.

O dicionário fala que significa: Exprimir-se por sinais gráficos, caracteres convencionais. No entanto, eu discordo. Escrever é tão mais que preencher um papel em branco, é criar um novo mundo também ou pelo menos se expor ao mundo. É abrir minha mente àquele que me lê, é confiar meus pensamentos a alguém que nunca saberei ao certo quem é (pode ser só um ou podem ser vários). Além disso, as palavras podem até ser convencionais, mas o contexto em que elas são inseridas e o sentido que tomam no mesmo, nossa, podem ser muito não-convencionais.

No final, tudo é simples questão de escrever e (tentar) ser compreendido.